domingo, 26 de julho de 2009

Impressiona-me a frieza das pessoas. Eu admito que sou fria, mas com peso e medida. Impressiona-me o excesso de disfemismos que se utilizam oralmente, impressiona-me a insensibilidade, causa-me desespero, até. Estou cansada de viver com estas pessoas. Ao longo de todos estes anos tive de aprender a proteger-me sozinha porque desde cedo percebi que estava sozinha neste mundo. As pessoas que passavam a maior parte do tempo comigo viviam noutro mundo completamente diferente do meu, completamente à parte, onde apenas interessa o dinheiro. Hoje sinto que parte da minha infância esteve condicionada e agora querem-me tirar a minha sanidade? Não pode ser. Tenho de pôr um ponto final nisto tudo. O dinheiro não vale tanto assim. Os sentimentos são preciosos e, se me querem ferir, ao menos que utilizem os argumentos correctos.
Apesar de tudo, noto que sou extremamente insegura. Talvez todo este desespero tenha contribuído para isso. Agora reparo que sempre fui insegura. Criaram-me assim e eu não soube contornar o problema. Preciso de uma mudança rápida de vida, antes que me torne um adulto frustrado.
Este cansaço apodera-se de mim de dia para dia.


2 comentários:

Patrícia disse...

Olá! :)

Bem... para já tenho que te dar os parabéns pelo teu cantinho. Está muito bonito, gostei muito :)

Passei por aqui e gostei.. Estou a adorar ler-te.

Convido-te a passares pelo meu cantinho, também.

beijinho

Cátia disse...

Ola linda,

Parece que me leio nas tuas palavras! Eu tambem fui assim, tambem cresci assim e tambem me tornei num adulto que, embora não frustrada, com alguns condionalismos. Mas ha uns meses decidi que tinha que enfrentar tudo o que tinha vivido ou o que nao tinha vivido... Hoje, 7 meses depois, sinto-me muito melhor... Compreendi o que não tive, compreendi porque sou assim... vi os outros e principalmente vejo-me agora a mim.

As melhoras não passam por apontar o dedo aos que nos criaram com excesso de bens materiais e sem aquela atençao que queriamos... O caminho passa por aceitar e principalmente por perdoar. Perdoar e aceitar tudo isso, perdoar de coraçao. E assim deixaremos de os culpar, de viver com esta aflicçao dentro de nós.

E depois... é olhar para nós e aceitarmo-nos como somos. Pensar que preferimos ser assim independentes e capazes, do que aquelas pessoas que vivem com os mais ate aos 40 anos e que precisam deles para tudo. Preferimos ser assim: jovens e independentes, senhoras do seu nariz. Não é verdade?? Pensa nisso.

Um beijinho grande,
CA

ps - estou a ver que a minha querida Patricia tambem ja te encontrou :)