quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Porto



Há muito tempo que não visitava o Porto. Os meus últimos dias, como era de esperar, têm sido uma corrida desenfreada pelas ruas do porto, a tratar de fazer as mudanças para a "casa nova", à espera em filas enormes para efectuar a matrícula na Faculdade e toda uma diversidade de coisas que é necessário fazer quando se muda de cidade.

A ideia que tinha do Porto era a de uma cidade fria, cinzenta, feita apenas de betão armado. Hoje, visto que tinha algum tempo livre de tarde, resolvi ir conhecer, a pé (os malditos calcanhares já se queixam), um pouco mais da cidade, para me ir habituando e ir observando os locais e as ruas. Decidi então perguntar se existia alguma biblioteca nesta zona - as pessoas, apesar de já me terem dito o contrário, são muito simpáticas, prontas a ajudar, extremamente hospitaleiras. Indicaram-me a Biblioteca Almeida Garrett, situada no Palácio de cristal.

Em anos passados, já tinha vindo ao Palácio de Cristal em visitas de estudo escolares e com os pais, mas nunca sozinha e digo: estou maravilhada. Sentei-me num banco de madeira com vista para um lago e estou aqui tranquilamente a escrever este mesmo texto.

É incrível o clima de paz e harmonia com a Natureza que se vive. A paisagem com vista para o rio Douro é magnífica, o som do rebolar das folhas secas das árvores que já adivinham o Outono, tudo isso é um óptimo calmante natural. Vêem-se patos a brincar, ou simplesmente a viver mais um dia despreocupado, as famílias passseiam de mãos dadas, casais de namorados trocam mimos e abraços, ouvem-se rastos de conversas e gargalhadas dos jovens sentados nos muros a conversar alegremente e há ainda pessoas que aproveitam para descansar um pouco, enquanto saboreiam a tranquilidade do local, fechando-se num mundo completamente á parte daquele que se vive dos portões do Palácio de Cristal para fora, com os tormentos do dia-a-dia e da cidade movimentada.

Os jardins do Palácio de Cristal passam, então, a ser o local de eleição para uma tarde bem passada e a cidade do Porto um bom lugar para se viver.

[Este texto foi escrito por volta das 15h30 do dia 15 de Setembro]

sábado, 12 de setembro de 2009

Colocações 2009/2010


Ontem vim muito descansadinha ao messenger e qual não é o meu espanto, quando entro, ao ver um monte de janelas a abrir-se sem mais nem menos. "Oh, lá vou eu ter de fazer mais um scan ao computador por causa dos vírus!", pensei. Fiquei ainda mais espantada quando vi as mensagens: "AS COLOCAÇÕES SAEM HOJE". Fiquei com o coração nas mãos. Muito nervosismo, muitos "AIIIII", muita preocupação. No momento em que os meus amigos começaram a receber e-mails (e a mim nunca mais me enviavam nada), entrei em pânico! Já não sabia se a minha matrícula tinha sido validada, fartei-me de ver em todas as pastas do correio electrónico (até no lixo electrónico vi!) e nada. Que desespero! Por fim, por volta das 18h, entrei por acaso no "correio elecrtónico não solicitado" (nunca tinha reparado que isso existia, sequer) e lá estava o belíssimo e-mail:
Resultado:  Colocada
Estabelecimento: [1106] Faculdade de Farmácia
Curso: [9494] Ciências Farmacêuticas

Entrei na 1ª opção!
Depois, entre lágrimas e sorrisos de tristeza e alegria, passámos o resto da noite a ver médias.
Fiquei triste por nem todos os meus amigos terem entrado. A única coisa que podemos fazer é reconfortá-los, dado que sempre têm a 2ª fase. Mas por mais que tentemos, sei que é horrível ver toda a gente a entrar, muito feliz, e tentar ter esperança que se entre na 2ª fase.
Enfim, estou feliz por mim mas muito triste pelos meus amigos.
Agora resta esperar e, enquanto isso, já arranjei casa. Agora é preparar tudo para começar uma nova vida! Estou ansiosa...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Optimismo


Não tenho vindo cá. As férias estão um pouco entediantes para ter sempre novos assuntos e confesso que tenho dado algumas férias ao cérebro, penso o mínimo que posso, e desconfio que estou a ficar ignorante, para não dizer burra (lol). As paragens cerebrais são cada vez mais frequentes. Eu culpo as férias e espero bem que seja isso. Se não for, paciência. Há coisas piores.
É este pensamento positivo que tenho tido. Não falo só dos meus momentos de ignorância (ok, foi para introduzir o tema "optimismo", mas é verdade que tenho tido algumas paragens), falo também da minha vida. As coisas nem sempre correm bem como estamos habituados a ver nos desenhos animados (ah pois, eu vejo desenhos animados, o que pensam?) mas se nos imaginarmos uma Branca de Neve ou um Robin dos Bosques, se "soubermos" que vamos ter um final feliz, acabamos sempre por ser mais felizes e mais capazes de atingir os nossos sonhos.
Faço um apelo aos meus visitantes: SORRIAM! Adiram à boa disposição.

A propósito, passei hoje no exame de condução (tinha de introduzir a notícia de alguma forma). Mais uma prova de que o optimismo (e também algumas cantorias - ou ruídos estridentes - que os vizinhos aturam antes de cada prova que me ponha nervosa) ajuda.

[E agora vou dar umas espreitadelas aos cantinhos alheios]

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Vida Pré-Universitária

Depois de várias semanas sem vir à "casa" (entenda-se "casa" por blog), qual não é o meu espanto ao ver tudo desarrumado e desconfigurado. Pois bem! A casa tinha de ser remodelada e decorada do início. Passei a tarde a escolher fundos (quando não se tem que fazer e a imaginação não dá para mais, há que fazer coisas inúteis) e por fim lá escolhi este. VERDE, como não podia deixar de ser. Este ano ganhei uma tara por verde: abro o armário da roupa e vê-se uma enorme mancha verde; a estante está colorida com dossiers e cadernos em vários tons de verde; mudei os edredons do quarto para verde; o meu estojo e a minha mochila são verdes; resumindo, passei a preferir o verde às outras cores. Ainda não percebo muito bem o porquê da mudança. A verdade é que, daqui a uns dias farto-me da cor e descubro que tenho de trocar tudo por coisas de outras cores. Mas sempre é preferível o verde ao roxo, que se tornou uma obcessão para muita gente durante este ano.
Contudo, consegui moderar o verde no blog. Acreditem: é um grande feito :D
Espero que gostem da nova decoração do estaminé.

Bem, mas eu vim aqui trazer novidades sobre o que tenho andado a fazer. Nos últimos dias tenho andado ocupada com as aulas de condução, entretanto comecei a dar explicações a um miúdo, o meu pai entrou de férias e não perde um raio de sol (quer ir todos os dias à praia e lá tenho eu de ir com ele). O tempo que me sobra é para os amigos (com quem tenho tido dificuldade em conversar, visto estar tudo de férias) e tratar assuntos relacionados com a vida pré-universitária (como eu adoro dizer isto! xD) como, por exemplo, procurar casa, falar com estudantes do curso que vou iniciar, procurar informações sobre bolsas, pedir ajudas para escolher o novo portátil. Enfim, uma quantidade de coisas que me dá grande prazer em fazer de tão novo que é. Estou tão ansiosa pelo início do ano lectivo.
De qualquer das formas, viver sozinha não vai ser fácil (vou ter de aprender a cozinhar). O primeiro ano é complicado: não conhecemos ninguém, é tudo novo e sentimo-nos perdidos no meio de uma multidão de estudantes que aspiram a um futuro parecido com o nosso, sendo que esse é o único aspecto que nos leva a aproximar. Há a Praxe, que nos ajuda a integrar na vida académica mas nos últimos anos temos assistido a uma decadência das tradições da Praxe, que dantes ensinava aos estudantes valores importantes, para nos ajudar a crescer e a existir (não no sentido material mas no sentido pessoal).

A Universidade é a ponte de passagem para a vida adulta e, por isso, é natural que comecemos a desintegrarmo-nos do "ninho" e comecemos a voar. Claro está que vou sentir imensas saudades das pessoas com quem vivi os melhores momentos dos últimos anos da minha vida mas a vida é uma costante renovação de experiências em que os verdadeiros sentimentos permanecem intactos.


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Alguém conhece o jogo "I never"? Para quem nunca ouviu falar, passo a explicar. O jogo consiste em dizer uma coisa que nunca se fez (ou que nunca se assumiria ter feito). É um daqueles jogos do género de "Verdade e Consequência", que se jogam quando estamos entre amigos e sem nada mais interessante para fazer do que dizer parvoíces (muitas delas verdadeiras). Foi através destes jogos que se criaram grandes cumplicidades entre amigos, mas também várias intrigas.
Mas voltando ao I never, hoje dei comigo a pensar, através deste jogo, nas coisas que nunca fiz. Algumas porque nunca me lembrei de fazer, outras porque nunca tive coragem de fazer apenas porque é políticamente incorrecto e por vezes os fins não justificam os meios. Foi nesta segunda questão que me detive.
Nos últimos dias, uma amiga tem vindo pedir-me conselhos acerca de uma coisa que ela tem vontade de fazer mas que não faz porque sabe que é pouco correcto. Inicialmente, disse-lhe "Não faças" porque sabia que se alguma coisa desagradável acontecesse (e há grande probabilidade de isso acontecer), isso trazer-lhe-ia consequências, embora não muito graves.

Hoje, depois de muito pensar, começo a achar que me estou a condicionar demasiado por aquilo que o bom senso diz que não é correcto. Tudo bem, eu sempre fui certinha, raramente piso o risco. Mas por vezes, se pisar, que mal tem? Ninguém é perfeito, todos temos as nossas fraquezas e tentações, somos humanos! E a juventude passa também por este desejo de arriscar. Agora que penso neste assunto, tenho a sensação que estou a perder parte da minha juventude.
Em relação à minha amiga, estou cheia de dúvidas. Agora tenho uma opinião um pouco diferente e compreendo-a. Posso sempre substituir o conselho inicial por um "Faz, mas com moderação!". Mas será que é correcto aconselhar satisfazer um capricho que lhe levantará o ego, mas lhe poderá trazer pequenas consequências a nível social?
Não sei o que fazer. Cada vez me acomodo mais e não pode ser assim. Se isto continuar a acontecer, a vida vai perdendo a essência. Quero correr riscos (moderadamente, é claro) sem medos!


Mais vale uma vida moderada e com significado, sempre com desejos e fantasias por concretizar (porque são pouco correctas, evidentemente), ou uma vida com riscos, que garantem a sua essência e, consequentemente, a felicidade instantânea?


terça-feira, 28 de julho de 2009

Não sei o que se passa comigo. Estou estúpida, totalmente distraída e despassarada. Começo a achar que as férias me fazem mal ao cérebro. Tudo bem que há dias assim, mas hoje superei!
Tive aula de condução e, obviamente, é preciso concentração. Pois bem, isso foi o que menos consegui ter. Ou era porque passava um carro conhecido, ou porque passava um cão e ficava montes de tempo a olhar a tentar perceber se seria abandonado ou não (é um assunto que me anda a preocupar, este do abandono dos animais durante a época de férias), ou porque me lembrava das conversas traumatizantes com um amigo meu sobre ovnis e olhava para o céu à procura de uma possível nave espacial, ou então lembrava-me que a seguir ia passar o resto da tarde com uma das pessoas de quem tinha mais saudades, ou então porque me passavam coisas pela cabeça do mais inimaginável que se pode imaginar. Passava-me tudo pela cabeça, menos aquilo que realmente importava e que estava a fazer. Como era de esperar, a aula não correu bem. A certa altura, o intrutor diz-me "Tu hoje estás nervosa" e eu a pensar "Quem me dera estar! Se fosse só isso...".
É impressionante os limites (ou a falta deles) da nossa imaginação (ou da minha). Não entendo esta capacidade psíquica.
E a seguir ao excesso de imaginação vem a ignorância. Pequenos exercícios mentais, como contas de subtrair, por exemplo, hoje tornaram-se verdadeiros problemas.

O que hei-de fazer? Há dias assim e, como me disse um amigo a quem contei o problema, há coisas piores, pateticamente falando. Resta-me ser paciente e esperar que a paranóia passe.

Uma boa semana! :D

domingo, 26 de julho de 2009

Impressiona-me a frieza das pessoas. Eu admito que sou fria, mas com peso e medida. Impressiona-me o excesso de disfemismos que se utilizam oralmente, impressiona-me a insensibilidade, causa-me desespero, até. Estou cansada de viver com estas pessoas. Ao longo de todos estes anos tive de aprender a proteger-me sozinha porque desde cedo percebi que estava sozinha neste mundo. As pessoas que passavam a maior parte do tempo comigo viviam noutro mundo completamente diferente do meu, completamente à parte, onde apenas interessa o dinheiro. Hoje sinto que parte da minha infância esteve condicionada e agora querem-me tirar a minha sanidade? Não pode ser. Tenho de pôr um ponto final nisto tudo. O dinheiro não vale tanto assim. Os sentimentos são preciosos e, se me querem ferir, ao menos que utilizem os argumentos correctos.
Apesar de tudo, noto que sou extremamente insegura. Talvez todo este desespero tenha contribuído para isso. Agora reparo que sempre fui insegura. Criaram-me assim e eu não soube contornar o problema. Preciso de uma mudança rápida de vida, antes que me torne um adulto frustrado.
Este cansaço apodera-se de mim de dia para dia.


quarta-feira, 22 de julho de 2009

Passei no exame de código! É tão bom quando as coisas correm bem. Agora continuo com as aulas de condução, que são bastante mais apelativas do que as de código. As condições atmosféricas é que hoje foram pouco favoráveis. Chove torrencialmente, os vidros embaciam, o piso fica escorregadio... bah! Não gosto nada deste tempo. Para além de termos de andar de guarda chuva de um lado para o outro e por mais cuidado que tenhamos para não não nos molharmos, há sempre aquelas gotas que, incrivelmente, se entranham na roupa como se sofressem alguma força atractiva pelo nosso corpo. Mas, se por um lado não gosto de apanhar chuva, há alturas em que sabe bem andar à chuva. Raramente o faço pelos inconvenientes que a chuva causa, mas quando ando, sinto uma liberdade impossível de imaginar.

À parte da chuva, os últimos dias têm sido bastante agradáveis. Tenho passado as tardes a ver filmes, como ansiava. E por falar em filmes, queria deixar aqui o comentário de dois filmes fascinantes: August Rush e Knowing.

August Rush (O Som do Coração) é um drama com um daqueles inevitáveis finais felizes. Conta a história de um menino que vivia num orfanato e desde pequeno sentia que comunicada com os pais através da música. O filme traduz a importância do amor e da paixão, combinando a banda sonora que, na minha opinião, é excelente.

Knowing (Presságio) é um filme de ficção científica. Inicialmente parece um daqueles filmes com um roteiro forçado. À medida que a história se vai desenvolvendo, torna-se cada vez mais interessante, com momentos de suspense, que culminam num final completamente imprevisto, que envolve a chegada do Apocalipse. Muito bom filme.

Amanhã, espero que as nuvens voem bem para longe e que o sol volte a raiar. Estes dias sombrios são deprimentes e vazios. Preciso de calor. Sinto falta dos escaldões. =)
Continuação de uma boa semana.

sábado, 18 de julho de 2009

Ultimamente a minha vida tem sido tão monótona. Nem sequer tenho assunto para postar. Hoje sinto-me assim. Monótona.
Há uns dias falei do quanto gostava de viver o 12º ano novamente. Pois bem, acho que esta é uma boa altura para falar disso.

O meu 12º Ano foi, sem sombra de dúvida, o melhor ano lectivo que tive até hoje. Foquei-me nos amigos, dei bastante de mim, senti-me realizada em relação à amizade. Conheci pessoas que me eram próximas mas que, afinal, escondiam maravilhas no seu íntimo. Conheci pessoas que eram próximas mas que, afinal, não eram o que eu esperava e surpreenderam pela negativa. Aprendi bastante, por isso foi um ano de descobertas. Foi diferente. Pode até ter sido mais difícil do que os outros, mas foi feliz. Cada vez que olho para trás, dá vontade de passar por tudo novamente. Hoje, sinto que foi como se tudo isso tivesse terminado nos últimos dias de aulas. É como se nos estivessemos a preparar para a separação por que iremos passar em Setembro. Eu própria mudei! Infelizmente, não acho que tenha sido para melhor, mas a mudança era inevitavel. Estou mais fria e racional do que era antes. O problema é que sei que dependo das pessoas com quem passei a maior parte do tempo da minha vida e custa imenso deixar que o destino nos separe. Sempre achei que o destino somos nós que o fazemos e isso é realmente verdade. O nosso destino está a ser construído por cada um de nós. Resta saber se fazemos as escolhas certas. No entanto, sinto que poderia ter feito mais. Podia ter aproveitado melhor. Tenho pena de não ter corrido certos riscos. Afinal, o medo de deitar tudo a perder dá cabo de nós e condiciona-nos.
Será que isto é o que toma conta do nosso destino e, consequentemente, da nossa vida? Whatever! Hoje não estou feliz. Estou afastada de tudo, não só por culpa dos outros mas também por culpa minha. Sim, a culpa também é minha. Nos últimos dias tenho feito de tudo para atingir alguns objectivos e admito que o tempo que tenho para estar com as pessoas de quem gosto nem sempre é aproveitado da melhor maneira. E pior do que isto é o facto de isto não se passar apenas comigo. Enfim, põe-se a questão: se agora é assim, o que acontecerá em Setembro ou Outubro, quando formos viver para diferentes zonas do país, a quilometros e quilometros de distância uns dos outros? Iremos tornar-nos completos desconhecidos? Se é que já não o somos!
Um dia falei com um amigo sobre este assunto e a resposta dele foi: "É a lei da vida, minha querida amiga. Hoje somos amigos mas amanhã teremos de fazer sacrifícios, se queremos evoluir na vida. Não é fácil mas temos de aceitar." Será que temos mesmo de aceitar? Será que não podemos contornar esse facto? Eu penso que sim. O que nos limita é o nosso conformismo. Falta a força para lidar com isso tudo. E não será sempre Verão. O Outono vai chegar e, com ele, várias desilusões.

Por hoje é tudo. Ficam as saudades e as memórias de grandes momentos passados. Hoje sinto-me assim. Sozinha, sem uma mão amiga disponível para me ouvir. É apenas um desabafo. Desculpem o "testamento".

terça-feira, 14 de julho de 2009

Ontem não apareci cá. A minha vida está a tornar-se "cheia" (no bom sentido, é claro) ao ponto de não ter tempo nem sequer para dormir. Quem pensa que quase nem se notam as mudanças na vida de um jovem, está redondamente enganado. Mas enfim, penso que, de agora em diante, vai ser assim e não acho que o facto de ter uma vida ocupada seja mau. Quanto mais ocupada estiver, melhor estou emocionalmente. Sempre foi assim e assim será, espero eu.

Ontem tive o exame de Português, que me correu super mal. Verifiquei que não tenho mesmo vocação na área de Letras. Eu até sei interpretar e compreendo os poemas. O maior problema é passar para o papel aquilo que percebi, até porque é tudo muito subjectivo. Sou de ciências exactas, sem dúvida nenhuma. =) E estou com a forte sensação que me esbarrei neste exame. Se tirar positiva já é uma sorte, mas também não me preocupo se descer umas décimas. Só espero conseguir entrar no que quero.

Hoje foi um dia igualmente ocupado. Tive a minha primeira aula de condução e foi qualquer coisa espectacular. Ainda nem sequer fiz exame de código e já estou a treinar condução. E por falar nisso, o exame de código está aí à porta, por isso estes dias vão ser passados literalmente a "marrar". Teoricamente, estou de férias mas, na prática, muito dificilmente tenho férias este ano.

Hoje o post é curto mas não há muito para dizer. Nem tenho tido tempo para ver filmes, sequer.
Bem, e agora vou dar um saltinho aos blogs que me enchem a alma cada vez que cá venho. =)


domingo, 12 de julho de 2009

Os meus domingos são sempre dias estranhos, monótonos, melancólicos. Ultimamente tenho aproveitado o tempos mais livre que tenho para ver filmes, séries e ler. Hoje, como não podia deixar de ser, vi um filme e estudei Português (amanhã já me livro do raio da disciplina!).

"Pride and Prejudice" ("Orgulho e Preconceito") é um romance que retrata a importância social e política do casamento, no século XIX. Honestamente, não é de todo um dos meus filmes preferidos. O romance tem um final feliz que, à partida, se adivinha facilmente, o que torna o filme pouco intrigante. No entanto, gostei bastante da caracterização psicológica da personagem Elizabeth Bennet, muito bem representada pela actriz Keira Knightley. Além disso, o vestuário da época leva-nos ao sonho, às histórias de princesas e príncipes, reis e rainhas, que sempre ouvimos em criança.

Enfim, não há mais nada a dizer. Hoje, como já tinha dito, foi um dia muito pouco interessante. Como não havia mais nada a fazer do que estudar, aproveitei para fazer uma pausa e dei um salto ao blog. Já tinha mesmo saudades disto. Visitei alguns blogs, li alguns textos, ouvi música e agora estou para aqui a escrever coisas sem interesse nenhum.

Tenho saudades dos amigos, tenho saudades da escola (não das aulas, é mesmo da escola). Gostava de voltar um ano atrás e viver novamente o meu 12º ano. Agora resta-me tentar preservar as amizades do secundário e partir para novas oportunidades. Bem, mas já estou a escrever demais por isso deixo esse assunto para outro dia.

Amanhã tenho exame de Português às 9h00 da manhã. Estou com a sensação que não sei nada. Vou ter tanta dificuldade em interpretar as coisas que nem tenho vontade de estudar. Mas infelizmente tem mesmo de ser, por isso vou deixar o post de hoje por aqui. Volto amanhã.

A todos uma boa semana.


sábado, 11 de julho de 2009

Já tinha saudades deste mundo. Há algum tempo tive um blog bastante diferente deste, onde colocava os meus textos e devaneios de inspiração. Com o passar dos meses e com o excesso de trabalho e prioridades, a inspiração começou a esmorecer até ter de deixar o blog. Hoje senti, pela primeira vez em 6 meses, falta deste espaço.
Apesar de tudo, tenho receio de voltar a deixar o blog no esquecimento pelo que vou postar apenas experiências diárias, sem ter de recorrer muito à imaginação e numa linguagem corrente e sem grandes cuidados. Assim, penso que não há o risco de ter de deixar o espaço por falta de inspiração.

Hoje dormi até tarde, o que não fazia à algum tempo. Estes últimos dias têm sido cansativos a ponto de ter de roubar horas ao sono para estudar. O temido exame de português está à porta e o pior é ter noção que não estudei o suficiente. Não gosto da matéria, odeio a disciplina, estou morta que isto acabe. As férias nunca mais chegam.

Enfim, além de estudar, ainda tive tempo para um filme. Pois é, os filmes são um dos meus vícios. Hoje vi "Message in a Bottle" ("As palavras que nunca te direi"). Por volta dos meus 15 anos, li o livro e adorei, principalmente pelo estilo de Nicholas Sparks. Por mais estranho que pareça, nunca tinha visto o filme (que já á antigo!). Fiquei apaixonada. É daqueles filmes que descrevem os elementos do romance exactamente como imaginei ao ler o livro. A casa na praia, o barco, os personagens. Está tudo tão coerente. Esta é uma das histórias que me ficou sempre na memória. Não consigo perceber porquê. A história de um amor perfeito é o desejo de muitos e eu não fujo à regra. É tranquilo, romântico, sabe a verão e a praia. É óptimo para ver numa tarde chuvosa, ao calor da lareira. Sim, porque hoje a chuva voltou, infelizmente! E o calorzinho da lareira sabe sempre bem.

Os planos de amanha são os mesmos: estudar. Tenho uma gramática de Língua Portuguesa inteira para decorar (tem mesmo de ser!).
Entretanto, vou desejando as merecidas férias, que este ano vão ser reduzidas a duas semanas, provavelmente.

Vou-me despedir com o excerto de uma das cartas mais arrebatadoras de "Message in a Bottle".
"Não passa uma hora sem que te sinta comigo. Arranjo barcos, experimento-os, e enquanto isso, as memórias sobrevêem, como uma maré. Hoje Lembrei-me de quando éramos novos, e tu trocaste o nosso mundo por outro maior. Tive muito mais medo do que deixei transparecer, lutei contra ele dizendo para comigo que um dia voltarias e imaginando o que te diria quando voltasse a ver-te. Devo ter considerado uma centena de possibilidades. E o que acaba por dizer? Pouco! A minha boca recusou-se a trabalhar excepto para te beijar, e quando disseste: “Vim para ficar”, ficou tudo dito, voltei ao mesmo.
Não paro de pensar no que te diria, se tu arranjasses forma de voltar."