quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Vida Pré-Universitária

Depois de várias semanas sem vir à "casa" (entenda-se "casa" por blog), qual não é o meu espanto ao ver tudo desarrumado e desconfigurado. Pois bem! A casa tinha de ser remodelada e decorada do início. Passei a tarde a escolher fundos (quando não se tem que fazer e a imaginação não dá para mais, há que fazer coisas inúteis) e por fim lá escolhi este. VERDE, como não podia deixar de ser. Este ano ganhei uma tara por verde: abro o armário da roupa e vê-se uma enorme mancha verde; a estante está colorida com dossiers e cadernos em vários tons de verde; mudei os edredons do quarto para verde; o meu estojo e a minha mochila são verdes; resumindo, passei a preferir o verde às outras cores. Ainda não percebo muito bem o porquê da mudança. A verdade é que, daqui a uns dias farto-me da cor e descubro que tenho de trocar tudo por coisas de outras cores. Mas sempre é preferível o verde ao roxo, que se tornou uma obcessão para muita gente durante este ano.
Contudo, consegui moderar o verde no blog. Acreditem: é um grande feito :D
Espero que gostem da nova decoração do estaminé.

Bem, mas eu vim aqui trazer novidades sobre o que tenho andado a fazer. Nos últimos dias tenho andado ocupada com as aulas de condução, entretanto comecei a dar explicações a um miúdo, o meu pai entrou de férias e não perde um raio de sol (quer ir todos os dias à praia e lá tenho eu de ir com ele). O tempo que me sobra é para os amigos (com quem tenho tido dificuldade em conversar, visto estar tudo de férias) e tratar assuntos relacionados com a vida pré-universitária (como eu adoro dizer isto! xD) como, por exemplo, procurar casa, falar com estudantes do curso que vou iniciar, procurar informações sobre bolsas, pedir ajudas para escolher o novo portátil. Enfim, uma quantidade de coisas que me dá grande prazer em fazer de tão novo que é. Estou tão ansiosa pelo início do ano lectivo.
De qualquer das formas, viver sozinha não vai ser fácil (vou ter de aprender a cozinhar). O primeiro ano é complicado: não conhecemos ninguém, é tudo novo e sentimo-nos perdidos no meio de uma multidão de estudantes que aspiram a um futuro parecido com o nosso, sendo que esse é o único aspecto que nos leva a aproximar. Há a Praxe, que nos ajuda a integrar na vida académica mas nos últimos anos temos assistido a uma decadência das tradições da Praxe, que dantes ensinava aos estudantes valores importantes, para nos ajudar a crescer e a existir (não no sentido material mas no sentido pessoal).

A Universidade é a ponte de passagem para a vida adulta e, por isso, é natural que comecemos a desintegrarmo-nos do "ninho" e comecemos a voar. Claro está que vou sentir imensas saudades das pessoas com quem vivi os melhores momentos dos últimos anos da minha vida mas a vida é uma costante renovação de experiências em que os verdadeiros sentimentos permanecem intactos.


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Alguém conhece o jogo "I never"? Para quem nunca ouviu falar, passo a explicar. O jogo consiste em dizer uma coisa que nunca se fez (ou que nunca se assumiria ter feito). É um daqueles jogos do género de "Verdade e Consequência", que se jogam quando estamos entre amigos e sem nada mais interessante para fazer do que dizer parvoíces (muitas delas verdadeiras). Foi através destes jogos que se criaram grandes cumplicidades entre amigos, mas também várias intrigas.
Mas voltando ao I never, hoje dei comigo a pensar, através deste jogo, nas coisas que nunca fiz. Algumas porque nunca me lembrei de fazer, outras porque nunca tive coragem de fazer apenas porque é políticamente incorrecto e por vezes os fins não justificam os meios. Foi nesta segunda questão que me detive.
Nos últimos dias, uma amiga tem vindo pedir-me conselhos acerca de uma coisa que ela tem vontade de fazer mas que não faz porque sabe que é pouco correcto. Inicialmente, disse-lhe "Não faças" porque sabia que se alguma coisa desagradável acontecesse (e há grande probabilidade de isso acontecer), isso trazer-lhe-ia consequências, embora não muito graves.

Hoje, depois de muito pensar, começo a achar que me estou a condicionar demasiado por aquilo que o bom senso diz que não é correcto. Tudo bem, eu sempre fui certinha, raramente piso o risco. Mas por vezes, se pisar, que mal tem? Ninguém é perfeito, todos temos as nossas fraquezas e tentações, somos humanos! E a juventude passa também por este desejo de arriscar. Agora que penso neste assunto, tenho a sensação que estou a perder parte da minha juventude.
Em relação à minha amiga, estou cheia de dúvidas. Agora tenho uma opinião um pouco diferente e compreendo-a. Posso sempre substituir o conselho inicial por um "Faz, mas com moderação!". Mas será que é correcto aconselhar satisfazer um capricho que lhe levantará o ego, mas lhe poderá trazer pequenas consequências a nível social?
Não sei o que fazer. Cada vez me acomodo mais e não pode ser assim. Se isto continuar a acontecer, a vida vai perdendo a essência. Quero correr riscos (moderadamente, é claro) sem medos!


Mais vale uma vida moderada e com significado, sempre com desejos e fantasias por concretizar (porque são pouco correctas, evidentemente), ou uma vida com riscos, que garantem a sua essência e, consequentemente, a felicidade instantânea?