sábado, 18 de julho de 2009

Ultimamente a minha vida tem sido tão monótona. Nem sequer tenho assunto para postar. Hoje sinto-me assim. Monótona.
Há uns dias falei do quanto gostava de viver o 12º ano novamente. Pois bem, acho que esta é uma boa altura para falar disso.

O meu 12º Ano foi, sem sombra de dúvida, o melhor ano lectivo que tive até hoje. Foquei-me nos amigos, dei bastante de mim, senti-me realizada em relação à amizade. Conheci pessoas que me eram próximas mas que, afinal, escondiam maravilhas no seu íntimo. Conheci pessoas que eram próximas mas que, afinal, não eram o que eu esperava e surpreenderam pela negativa. Aprendi bastante, por isso foi um ano de descobertas. Foi diferente. Pode até ter sido mais difícil do que os outros, mas foi feliz. Cada vez que olho para trás, dá vontade de passar por tudo novamente. Hoje, sinto que foi como se tudo isso tivesse terminado nos últimos dias de aulas. É como se nos estivessemos a preparar para a separação por que iremos passar em Setembro. Eu própria mudei! Infelizmente, não acho que tenha sido para melhor, mas a mudança era inevitavel. Estou mais fria e racional do que era antes. O problema é que sei que dependo das pessoas com quem passei a maior parte do tempo da minha vida e custa imenso deixar que o destino nos separe. Sempre achei que o destino somos nós que o fazemos e isso é realmente verdade. O nosso destino está a ser construído por cada um de nós. Resta saber se fazemos as escolhas certas. No entanto, sinto que poderia ter feito mais. Podia ter aproveitado melhor. Tenho pena de não ter corrido certos riscos. Afinal, o medo de deitar tudo a perder dá cabo de nós e condiciona-nos.
Será que isto é o que toma conta do nosso destino e, consequentemente, da nossa vida? Whatever! Hoje não estou feliz. Estou afastada de tudo, não só por culpa dos outros mas também por culpa minha. Sim, a culpa também é minha. Nos últimos dias tenho feito de tudo para atingir alguns objectivos e admito que o tempo que tenho para estar com as pessoas de quem gosto nem sempre é aproveitado da melhor maneira. E pior do que isto é o facto de isto não se passar apenas comigo. Enfim, põe-se a questão: se agora é assim, o que acontecerá em Setembro ou Outubro, quando formos viver para diferentes zonas do país, a quilometros e quilometros de distância uns dos outros? Iremos tornar-nos completos desconhecidos? Se é que já não o somos!
Um dia falei com um amigo sobre este assunto e a resposta dele foi: "É a lei da vida, minha querida amiga. Hoje somos amigos mas amanhã teremos de fazer sacrifícios, se queremos evoluir na vida. Não é fácil mas temos de aceitar." Será que temos mesmo de aceitar? Será que não podemos contornar esse facto? Eu penso que sim. O que nos limita é o nosso conformismo. Falta a força para lidar com isso tudo. E não será sempre Verão. O Outono vai chegar e, com ele, várias desilusões.

Por hoje é tudo. Ficam as saudades e as memórias de grandes momentos passados. Hoje sinto-me assim. Sozinha, sem uma mão amiga disponível para me ouvir. É apenas um desabafo. Desculpem o "testamento".

1 comentário:

Sandra Silva disse...

Como eu te compreendo. Demasiado bem, até, acho eu.
No meu caminho fui perdendo demasiadas amizades, muitas vezes por minha culpa. Desleixei-me e perdi tantas relações preciosas de que eu tanto me orgulhava. Se pudesse voltar atrás, haveria muita coisa que de certo mudava. Mas simplesmente não posso.
Por isso só te digo para arranjares forças e conseguires, ou pelo menos tentares, manter essas preciosas amizades...

Beijinho grande de força*